segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

FAIL do MILÊNIO: Livro e Filme "Como eu era antes de você".

Olhando assim parece até um filme
romântico como qualquer outro. . .

Já tem um tempinho que eu queria escrever esse artigo, mas antes de fazer o papel de “o único que rema contra a maré” resolvi fazer minhas básicas pesquisas e... TCHARAAANNN!! Eu não era o único.
Really, você nunca parou para pensar o quão esquisito ficou o enredo central do filme “Como eu era antes de você”, filme que – dizem – está sendo aclamado com um dos\o mais romântico de 2016?
Ah, não sabe do que se trata desse filme? Pois bem, o longa metragem pode ser resumido na seguinte mensagem subliminar que ele deixa: “Melhor morrer a ser deficiente”.
O filme é baseado no livro homônimo “Me before you” – c’est tout la meme chose – de Jojo Moyers, britântica, lançado em 2012 e adaptado às telonas neste ano. No entanto, a história engana o leitor\telespectador que pensa ser mais uma história de amor.
O protagonista do filme\livro é deficiente físico, tetraplégico, e se apaixona pela enfermeira recém contratada para cuidar dele. Ele, chato, depressivo e arrogante; ela, bobinha, tímida e sonsa. Os dois passam a história se conhecendo, um ensinando ao outro como viver melhor, corrigindo os defeitos e aprimorando suas virtudes.
A história tinha tudo para ser feliz, até que chegando ao final o “herói” toma a decisão mais ou menos assim: “Olha meu amor, obrigado por esses meses tão felizes, por tudo o que você me ensinou, pelo nosso amor... mas eu odeio minha vida de deficiente e quero morrer”. O cara se inscreve nesses programas de Suicídio Assistido que existe nos Estados Unidos – e não houve NADA nem NINGUÉM que o impedisse da loucura!!!
Se a escritora estava pensando em “Um amor para recordar”, vamos parar com a palhaçada! Eu sei que o final desse filme\livro não é tão feliz, mas ao menos a heroína lutou até o fim com seu grande amor ao lado. Nada dessa decisão tão polêmica de suicídio.
É doloroso quando um suicida resolve pôr fim a sua vida de impulso, sem avisar, geralmente deixando um mero bilhete para os familiares. Eles só descobrem quando é tarde demais. E sofrem muito. Imagine então quando o cara quer planejar o suicídio com antecedência, avisando aos parentes e exigindo que eles aceitem sua “decisão”?? WHAT?? Como se reage a um absurdo desses!?
Mas é claro que nem todos engoliram essa. Houve sim muitas criticas negativas. Pessoas com deficiência se sentiram ultrajadas, creem que esse tipo de história só aumenta o preconceito. O personagem demonstra tudo aquilo que os deficientes da vida real lutam para NÃO ter – negatividade, depressão, a eterna ladainha do “não quero ser um fardo”.
Conforme dito no artigo do site Obvious: "O retrato do suicídio como algo poético, belo e as vezes até atraente não corresponde à realidade. É pungente, e um ato de desespero, que não pode ser tratado com simples conselhos. É um assunto sério que carece a atenção de um profissional."
E na “real”: existem milhões de exemplos da vida real de pessoas que conseguem ter uma vida feliz e normal mesmo com alguma deficiência física. Tem pessoas beeem piores que o carinha o filme que não tem esses complexos. As Paraolimpíadas que tivemos recentemente derrubam, matam, enterram e cospem em cima da lápide de todos esses argumentos do filme.
Aí você leva sua namorada ou sua família para assistir a um filme romântico e se depara com essa palhaçada, com essa banalização e glamorização do suicido, conforme salientado em certa reportagem.
Porém, sempre tem aqueles progressistas – esquerdistas, c’est tout la meme chose – dizendo que é apenas questão de opinião, é decisão do personagem. Sei, senta lá, Cláudia...
“Parem o mundo que eu quero descer”

                                                           (Van Pelt, Lucy)

Nenhum comentário:

Postar um comentário