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Olhando assim parece até um filme romântico como qualquer outro. . . |
Já
tem um tempinho que eu queria escrever esse artigo, mas antes de fazer o papel
de “o único que rema contra a maré” resolvi fazer minhas básicas pesquisas e...
TCHARAAANNN!! Eu não era o único.
Really,
você nunca parou para pensar o quão esquisito ficou o enredo central do filme “Como
eu era antes de você”, filme que – dizem – está sendo aclamado com um dos\o
mais romântico de 2016?
Ah,
não sabe do que se trata desse filme? Pois bem, o longa metragem pode ser
resumido na seguinte mensagem subliminar que ele deixa: “Melhor morrer a ser
deficiente”.
O
filme é baseado no livro homônimo “Me before you” – c’est tout la meme chose – de Jojo Moyers, britântica, lançado em
2012 e adaptado às telonas neste ano. No entanto, a história engana o
leitor\telespectador que pensa ser mais uma história de amor.
O
protagonista do filme\livro é deficiente físico, tetraplégico, e se apaixona
pela enfermeira recém contratada para cuidar dele. Ele, chato, depressivo e
arrogante; ela, bobinha, tímida e sonsa. Os dois passam a história se
conhecendo, um ensinando ao outro como viver melhor, corrigindo os defeitos e
aprimorando suas virtudes.
A
história tinha tudo para ser feliz, até que chegando ao final o “herói” toma a
decisão mais ou menos assim: “Olha meu amor, obrigado por esses meses tão
felizes, por tudo o que você me ensinou, pelo nosso amor... mas eu odeio minha
vida de deficiente e quero morrer”. O cara se inscreve nesses programas de Suicídio
Assistido que existe nos Estados Unidos – e não houve NADA nem NINGUÉM que o
impedisse da loucura!!!
Se
a escritora estava pensando em “Um amor para recordar”, vamos parar com a
palhaçada! Eu sei que o final desse filme\livro não é tão feliz, mas ao menos a
heroína lutou até o fim com seu grande amor ao lado. Nada dessa decisão tão
polêmica de suicídio.
É
doloroso quando um suicida resolve pôr fim a sua vida de impulso, sem avisar,
geralmente deixando um mero bilhete para os familiares. Eles só descobrem
quando é tarde demais. E sofrem muito. Imagine então quando o cara quer planejar o suicídio com antecedência, avisando aos parentes e exigindo que eles aceitem sua “decisão”?? WHAT?? Como se reage a um absurdo desses!?
Mas
é claro que nem todos engoliram essa. Houve sim muitas criticas negativas. Pessoas
com deficiência se sentiram ultrajadas, creem que esse tipo de história só
aumenta o preconceito. O personagem demonstra tudo aquilo que os deficientes da
vida real lutam para NÃO ter – negatividade, depressão, a eterna ladainha do “não
quero ser um fardo”.
Conforme dito no artigo do site Obvious: "O retrato do suicídio como algo poético, belo e as vezes até atraente não corresponde à realidade. É pungente, e um ato de desespero, que não pode ser tratado com simples conselhos. É um assunto sério que carece a atenção de um profissional."
E
na “real”: existem milhões de exemplos da vida real de pessoas que conseguem
ter uma vida feliz e normal mesmo com alguma deficiência física. Tem pessoas
beeem piores que o carinha o filme que não tem esses complexos. As Paraolimpíadas
que tivemos recentemente derrubam, matam, enterram e cospem em cima da lápide
de todos esses argumentos do filme.
Aí
você leva sua namorada ou sua família para assistir a um filme romântico e se
depara com essa palhaçada, com essa banalização e glamorização do suicido,
conforme salientado em certa reportagem.
Porém,
sempre tem aqueles progressistas – esquerdistas, c’est tout la meme chose – dizendo que é apenas questão de opinião,
é decisão do personagem. Sei, senta lá, Cláudia...
“Parem
o mundo que eu quero descer”
(Van
Pelt, Lucy)
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