segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Memórias Póstumas de José de Anchieta - O Guarda-Costas

Sonho de consumo de muitas...

     Em este artigo pretendo descrever um dos filmes que se tornou presença em minhas memórias, tamanho o sucesso que foi na época. "O Guarda-Costa", filme lançado em novembro de 1992, contou com a atuação de Kevin Costner fazendo o dito cujo e a estreia da cantora Whitney Houston como atriz.

     Diana Ross em definitivo não teve sorte. Há séculos que Hollywood queria fazer um filme com esse enredo, e chegaram a convidá-la para o papel em 1976, mas o projeto não foi para frente. Depois, em 1979, novamente chamaram a cantora dizendo "Agora vai!" e até chegaram a cotar o ator Ryan O'neal para o papel de Frank Farmer, mas novamente o projeto azedou. Ryan acabou fazendo neste ano outro filme com outra cantora, Barbra Streissand.

     Implicância com a cantora? I don't know. Só sei que o projeto saiu finalmente do forno com Whitney. E ela se saiu muito bem, por ser a primeira vez como atriz. A crítica americana se dividiu: uns chatos diziam que Whitney e Costner pareciam duas estátuas sem emoção, outros sentiram seu coração derreter com o "And IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII".

     Não quero arruinar infâncias e adolescências de ninguém, mas a música em questão, "I Will Always Love You", não é da Whitney e nem de Sandy & Júnior, é da Dolly Parton.

     Enfim, autorias à parte, se tem algo em que Whitney se beneficiou neste filmaço foi com a trilha sonora. Metade do disco foram de suas músicas (eu sei, já falei no parágrafo acima). As músicas foram lançadas em single e tiveram até videoclipes. O disco vendeu 42 milhões de cópias (um deles lá em casa) e ganhou trocentas certificações de quase toda a tabela periódica. Só aqui no Brasil ele foi 3 vezes PLATINUM!

Disco joias do Infinito
Vamos conferir os Top of the Pops:

  • "I Will Always Love You" - Carro-chefe tanto para o filme como para o disco. Usaram-na para a parte final do filme, provavelmente deixando o público feminino às lágrimas. Whitney ganhou TODOS os Music e Movie Awards a que foi indicada. A música foi nº 1 em tudo quanto era rádio até em países nada a ver como Finlândia e Zimbábue (!!!) Dizem por aí que Dolly Parton ficou com recalque, mas vocês sabem como são as colunas de fofocas.
  • "I'm Every Woman" - Oooooutra música que não é dela, mas sim da Chaka Khan. Mas, que culpa tem Whitney se o povo só descobre as músicas na voz dela. Pra quem está tendo aulas de canto, esta música é uma boa pedida. Cheia de notas altas na parte final, serve como ótimo exercício vocal.
  • "I Have Nothing" - Finalmente, pro povo parar de mimimi. Esta canção pode não ter sido nº 1 nas rádios, mas tornou-se um clássico para quem tem bom gosto; em especial por ser bastante executada no filme. Lá, a personagem Rachel Marron foi indicada ao Oscar por esta música. A música é tão complicada que nunca a vi em nenhum videokê na época (quem se atreveria?) e a própria Whitney quando cantava em seus shows, mandava a orquestra baixar de "Si (B)" para "Lá (A)". 
  • "Run to You" - Outra música romântica e gostosa de ouvir. A posição mais alta dela foi nº 7 em Portugal. Só que os críticos não concordaram com a cena do filme onde colocaram a canção. Dizem eles que, por a letra da música se tratar de uma mulher que quer reatar o amor com seu homem (tá bem explícito no título, correr para você), ela deveria aparecer mais pro meio, quando Rachel e Frank brigam; e não no começo, onde Frank está vendo o videoclipe dela com aquela cara de quem diz "Vem ni mim, minha neguinha"!
  • "Queen of the Night" - Outra música que teve melhor posição em Portugal. Lamentavelmente ela não caiu no gosto do público em geral, que sempre associou Whitney às baladas românticas. Essa tentativa dela ser moderninha anos 90 (de acordo com os críticos) foi um FAIL. Bem, aqui em casa todo mundo gostou. 
O restante do disco nem vale a pena comentar, a não ser que você conheça Kenny G, Curtis Stinger e Joe Cocker.

     O disco da trilha-sonora não só rendeu grande reconhecimento nas rádios para Whitney, como também uma grande turnê internacional, que durou até 1994. Ela ficou esse tempão sem gravar novo disco - e para quê? Ela era Whitney Houston, podia! E nesta turnê ela incluiu o Brasil. O show feito no Rio de Janeiro, na Praça da Apoteose, foi transmitida pela Globo e se encontra no YouTube

     Agora algumas curiosidade sobre os atores do filme:

  • Whitney, como sabemos está na categoria R.I.P. Quando ouço esse povo querendo legalização das drogas me dá coisas como o Dr. Chapatin e lembro do exemplo dela. 
  • Já Kevin Costner, parece que não vai morrer tão cedo. Firme e forte aos 63 anos, ele continua na ativa. Você pode encontrá-lo em vários filmes como "Robin Hood: Principe dos Ladrões", "JFK", "Whyatt Earp", "Os Intocáveis", "Um Mundo Perfeito", "Campo dos Sonhos (com os espíritos zombeteiros), "Waterworld", "3000 Milhas Para o Inferno" e mais recentemente fazendo o papel de Jonathan Kent, pai adotivo do Super-Homem nesta versão atual. 
Uma curiosidade: Costner é fã de beisebol, o que explica tantos filmes em que ele atua como jogador ou atua num filme sob o tema, como exemplo o "Campo dos Espíritos Sonhos".
  • A fulana que faz o papel da irmã de Rachel é totalmente desconhecida e nem mereceu um artigo da Wikipedia, HAHAHAHAHAHAHAHAHA
Resultado de imagem para charlie brown hahahaha

Resultado de imagem para bill cosby
  • Nem tudo são más notícias. Bill Cosby ainda está vivo.
Resultado de imagem para tomas arana
  • Agora aqui vai mais fatos curiosos com o Greg Portman. O ator Tomas Arana, que é italiano, mesclava entre Hollywood e Itália. Quando ele estava nos States, ele não só participou no filme citado como também em "Tombstone", "Los Angeles Confidencial", "Gladiador", "Pearl Harbor", "A Supremacia Bourne" e "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge"!


     E por falar em "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge", o ator neste filme que faz o Bane e atualmente Ed Brook em "Venom" parece ser filho do Kevin Costner! Vê se não tenho razão?

Resultado de imagem para tom hardy this means war

Pois bem, encerro hoje meu artigo com essa imagem ícone do cinema:



Fontes:
Google Images
Wikipédia
Minha memória
Minha família com alto gosto cultural.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Memórias Póstumas de José de Anchieta: Várias Variáveis.

QUANTA COISA EM UMA CAPA...
Mais um disco dos Engenheiros que marcou a minha infância. De longe o disco que mais tem referências, citações, indiretas e homenagens de toda a discografia da banda gaúcha. Lançado em 1991, foi produzido pela própria banda! Infelizmente não encontrei quanto que foi a vendagem. Mas deve ter vendido milhões, né, gente! Vejam abaixo o motivo:

1) TOP OF THE POP:

  • "Herdeiro da Pampa Pobre" - clássico mais lembrado do disco, foi lançado em single e teve videoclipe na MTV. Irônico que a música não é de autoria da banda, e sim do cantor Gaúcho da Fronteira.
  • "Piano Bar" - segundo clássico mais lembrado, também divulgado em single nas rádios. A MTV apresentou uma performance ao vivo da música como videoclipe. Muito se discute sobre o que Gessinger realmente queria dizer com "ontem à noite\ eu conheci uma guria". 
  • "Muros e Grades" - terceiro clássico mais lembrado, também divulgado nas rádios (quem não se lembra da Transamérica?) Quando criança não conseguia lembrar de toda a letra. E ainda tem versos da canção "A violência travestida faz seu trottoir", do disco anterior.
  • "Ando Só" - Aqui, um rock bem pesado, dos bons. Na turnê "Filmes de Guerra, Canções de Amor", um clássico regido pelo Fantasma da Ópera, sem Carlota atrapalhando.
  • "Sampa no Walkman" - Fãs dizem que essa música só foi divulgada em São Paulo, mas eu me lembro perfeitamente dessa música em meu Estado. Acho que o povo a está confundindo com "Quartos de Hotel". 
2) A "PLAYLIST" DA TURNÊ.
Em aspas porque nos shows que se têm registro eles nunca seguiram essa lista à risca.
  1. Toda forma de poder
  2. Infinita Highway
  3. Refrão de bolero
  4. Pra entender (Desde já essa música pouco famosa era escolhida pros shows)
  5. Somos quem podemos ser
  6. Alívio imediato
  7. Nau à deriva
  8. O Papa é pop
  9. O exército de um homem só I e II
  10. Era um garoto que como eu...
  11. Pra ser sincero
  12. Anoiteceu em Porto Alegre
  13. Herdeiro da Pampa pobre
  14. O sonho é popular
  15. Quartos de hotel
  16. Ando só
  17. Piano bar
3) TRADUZINDO AS CANÇÕES.
  • O disco que mais tem referências, a começar pela cor da capa: verde é uma das cores da bandeira do Rio Grande do Sul. As demais cores, amarelo e vermelho, aparecem nos discos "A revolta dos dândis" e "Ouça o que eu digo: não ouça ninguém".
  • A cobra que morde o próprio rabo dá a ideia de que no final tudo irá se repetir. Me lembra um pouco o Ciclo da Vida pregado no filme "O Rei Leão".
Demais símbolos na capa:
  • O relógio do Mickey Mouse que aparece no videoclipe "The Wall", Pink Floyd.
  • Um símbolo radioativo.
  • Desenho de Leonardo da Vinci chamado "Homem Vitruviano".
  • Emblema do 1\14º GAV Esquadrão Pampa.
  • "Beba Chimarrão", uma indireta ao slogan da Pespi na época.
  • "Senta a púa", lema do Primeiro Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira.
  • Um telefone.
  • Uma carinha sorrindo (Profetizando os emojis???)
  • Uma pirâmide com aquele símbolo do "Olho que tudo vê". (Já vi isso em algum lugar...)
  • Emblema do Sport.
  • Emblema do Grêmio (ÓBVIO!)
  • Uma moeda.
  • O símbolo da ONU de cabeça pra baixo.
Eu não disse? E tem mais!
  • Na música "O sonho é popular", a frase "Uma mentira repetida até virar verdade" é referência ao lema comunista que está tanto em moda em nosso país, infelizmente. ("Uma mentira repetida mil vezes se torna uma verdade")
  • Falando em comunismo, mais uma patada: em "Museu de Cera", podemos ouvir Cid Moreira falando ao fundo da música "A crise do comunismo na União Soviética contribuiu para a derrota do Socialismo na Suécia" KKKKKK!!!
  • "Várias Variáveis" é o nome de uma disciplina do Curso Superior de Engenharia!!!!
  • "Pergunte ao Pó", da música "Ando Só", é o nome de um conto de John Fante.
  • "Descendo a Serra" faz referência a 1) "Poema de Sete Faces", de Carlos Drummond de Andrade 2) Ao filme alemão "O Ovo da Serpente" 3) Ao filme "Um Dia de Cão", com Al Pacino 3) Ao livro "Mês de Cães Danados" de Moacyr Scliar. HAJA CULTURA!
  • "Sampa no Walkman" faz alusão à música "Sampa", de Caetano Veloso.
  • "A mesma esquina, em outra canção", se refere às esquinas da Avenida Ipiranga com a Avenida São João, em São Paulo capital, também mencionada na música citada.
  • "Alguma coisa acontece em meu coração" é um verso da música citada. Caetano deve ter liberado ou os Engenheiros pagaram direitos autorais para chegar a tanto...
  • "Herdeiro da Pampa Pobre" é a mais enigmática. Com um forte vocabulário gaúcho, usando expressões e palavras exclusivas da região, o cérebro dos fãs que moravam em outras partes do Brasil chegou a ferver para entender a letra. 
Com tanto conteúdo, me vem um questionamento: será que os artistas em voga hoje produzem músicas de tamanha profundidade em cultura e saberes? I don't think so...

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Diddy's Kong Quest - o mais difícil da série Donkey Kong?

INFÂNCIA RESUMIDA EM UMA IMAGEM

Continuando nos meus devaneios sobre o passado, resolvi destacar um dos jogos do Super Nintendo que costumava jogar em minha infância.

Diddy's Kong Quest é um jogo lançado pela empresa Rare para o console da Nintendo, na época sendo o SNES. Lançado em 1995, é uma sequência do primeiro jogo Donkey Kong Country, lançado no ano anterior. Seguindo o mesmo tipo de produção do seu antecessor (imagens pré-renderizadas em modelos 3D, ótimos gráficos, jogabilidade e trilha sonora), o jogo chegou a vender 5 milhões de cartuchos por todo o mundo. Outra novidade foi o destaque do personagem Diddy e a aparição da sua namorada, Dixie.

Comenta-se por aí que o jogo em questão seria o mais difícil da trilogia - em 1996 lançaram a terceira parte. Analisando o jogo em detalhes, acho que posso compreender por que alguns chegaram a essa conclusão:

Diferente da primeira parte, a segunda tem:


Fases no espinheiro que são dificílimas para passar. Nessa da foto você tem de passar com a ajuda de barris. Tem outra - que a gente nunca conseguia passar do início - em que você precisa do papagaio. E não pode encostar, senão, adiós!


Enquanto que na parte 1 você nadava em todas, aqui nem tanto. Pule na foca e ela refrescará a lava para você nadar. Mas não tarde tanto, com o tempo a água fresca se torna lava novamente!


E falando em não nadar, a fase "Toxic Waste", considerada a mais difícil de todas, tem esse detalhe: um mar de alguma coisa tóxica está SUBINDO pelo castelo e você tem de escalar o mais rápido possível sendo a cobrinha, o papagaio e depois a aranha. Mas a gente sempre morria ainda na primeira etapa da cobra! No desespero em ver o ácido subindo a gente perdia o controle, hehe. Essa fase sempre me fez lembrar do Coringa (próximo artigo?).


A fase anterior ao Chefe Final também era de arrancar os cabelos. Além de estarmos de novo em outro espinheiro, há uma espécie de corrida; e o objetivo da fase é chegar na frente desse corvo. Se ele chegar primeiro, você perde a corrida e uma vida. Mas como correr rápido quando o caminho de repente se estreita e você tem de ir com calma para não esbarrar nos espinhos?!


Mas nem tudo é dureza neste jogo: para descontrair temos a famosa fase da montanha russa. Morríamos pra dedél, mas valia a pena a diversão. Só depois de muitas mortes que fomos descobrir que a letra G estava em uma passagem secreta...


Outro diferencial foi a parte dos bônus. No jogo antecessor, os bônus não tinham missão e objetivos específicos. Na parte 2, a fase bônus tinha como objetivo coletar moedas para o acesso às fases secretas (75 no total). Com esse beneficio, os jogadores se sentiam na obrigação de cumprir com todos os desafios para "zerar" o jogo em 102%.


Além disso tudo ainda tínhamos de coletar as moedas DK (em casa chamávamos de DKazão). Em cada fase havia uma para pegar. Em algumas fases a moeda ficava em local óbvio, mas em outras (leia-se 75% das fases) só Jesus na causa. A moeda da foto acima, por exemplo: eu só fui saber de sua localização após ler um "detonado" na Internet!


O Chefão Final, K. Rool, foi projetado pelo Cão. Não tem como um ser humano normal projetar esse chefe que demora a ser derrotado! Perde-se as vezes em que você tem de acertá-lo com a bola de canhão que ele mesmo lança naquela carabina do Seu Madruga (essa não foi feita em Sorocaba). Sem falar que ele também fica deslizando pra lá e pra cá (fazendo caras e bocas parecendo essas gurias tirando selfie) e mais pra frente ele desaparece. 


Se você conseguiu passar em todas as fases, coletou todas as 75 moedas de bônus e as 40 DK Coins, PARABÉNS! Sinta-se """""privilegiado""""" de enfrentar o K. Rool. . . AGAIN! Calma, calma, não priemos cânico, o jogo promete que será a ultima vez. Após derrotá-lo - como, eu não sei - você poderá ver um final alternativo. Depois, junte folego e parta para a terceira parte - Dixie Double Trouble.

Gameplay do clássico:

E você? Também acha Diddy's Kong Quest o jogo mais difícil da trilogia? Comente!

domingo, 9 de setembro de 2018

Memórias Póstumas de José de Anchieta: Super Nintendo.

ME PERDIA COM TANTOS BOTÕES EM VEZ
DE UM SÓ...

Conforme mencionado em meu artigo anterior, após nos esbaldarmos com o Atari 2600, a minha família fez um upgrade trocando o videogame para a novidade do momento, o Super Nintendo de 16 bits.

Desta vez o Brasil não ficou tão para trás. Lançado ao final de 1990, o console chegou ao nosso país em 1993. E com o advento do Plano Real no ano seguinte, ficou mais fácil de comprá-lo por "apenas" R$ 100,00 mais ou menos (Em 1994, gastar R$ 100,00 com videogame era o suprassumo do luxo).

Não só o console em si agradou a garotada, mas os jogos que foram lançados nesta plataforma tiveram um êxito imensurável! Junto com o lançamento saiu o novo jogo do Mário, o Super Mário World, que se consolidou como marca registrada. Vendeu 20 milhões de cartuchos e é de longe o jogo mais vendido da Nintendo. Atrás dele vem Donkey Kong Country, com 9 milhões de vendas, e depois Mário Kart (8 milhões) e Street Fighter II (6,3 milhões).

Os gráficos e a jogabilidade enterraram os concorrentes, em especial a Atari (coitados...) que não tiveram chance. Sem dó nem piedade, a Nintendo lançou tempos depois o Game Boy, o mini-game com os mesmos jogos em versão simplificada.

Uma coisa interessante é que vários jogos foram lançados com a palavra "Super", seria isso um apelo para o nome do videogame ou mera coincidência?

O império do SNES durou até 1996, quando a Nintendo, antenada nas modernidades (e de olho nos concorrentes), lançou o Nintendo 64. Curiosamente no mesmo ano do Crash Bandicoot no Playstation (merece artigo futuro?).

E então, querem saber quais jogos passaram lá em casa?

1) INTERNATIONAL SUPER STAR SOCCER... DELUXE!!!!!

NOSSO MEME FAMILIAR
Videogames me ajudando no inglês: jamais saberia que futebol era "soccer" em inglês (o "football" é o conhecido "futebol americano", não sei de onde inventaram essa). Com esse jogo aposentaram aqui em casa o joguinho de botão (com o time de São Paulo pra mim). Mas, na minha tenra infância não entendia por que os nomes dos jogadores da seleção brasileira não estavam no jogo (Romário? Dunga? Bebeto? Taffarel? Zinho? Branco? Cafu? ONDE???) e no lugar deles, sobrenomes portugueses (FAIL!).

2) DIDDY'S KONG QUEST


Pausa para conter as emoções... Em próximo artigo falarei desta joia (sem acento mesmo, gente).

3) SUPER MARIO WORLD


Acharam que este ia ficar de fora? Se bem que quase nunca saíamos da primeira ilha... Na verdade o máximo que conseguimos avançar foi no quarto mundo e isso já no meu atual bairro, com a ajuda do primo dono do cartucho (ora, antigamente era assim, o jogo que você não tinha pegava emprestado com parentes ou alugava na locadora).

4) TOP GEAR


Esse era "nosso" (eu não tive participação na compra, só no usufruto). Só conseguimos "zerar" este jogo quando descobrimos pra que servia o tal "password". Antes já estava ficando chato e pior que o Enduro sempre começar o jogo nos EUA! Só não entendo por que fizeram umas pistas tão nojentas para representar o Brasil... Bem, o fato é que a gente literalmente dá a volta ao mundo neste jogo tão legal. A turnê se encerra na Inglaterra (ou Reino Unido, como preferirem).

Bem, leitores, fico por aqui. Mas não se preocupem, nesta semana ainda tem mais! Prometo não ficar mais tanto tempo longe da redação.

Em se tratando de jogos, sabia que você pode tirar um dinheirinho trabalhando com jogos digitais? Estou divulgando um curso online que te ensina como isso é possível. Para mais informações, clique neste link: http://batatajose.blogspot.com/2018/09/trabalhe-com-jogos-digitais.html

Fontes:
Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Super_Nintendo_Entertainment_System
Minha memória
Minha família de alto e bom gosto pra diversão
E o Google mesmo...

Trabalhe com Jogos Digitais!


Pessoal, estou divulgando um curso online que ensina aos interessados a trabalhar vendendo jogos digitais. Se você gosta e entende de jogos, já pensou em ganhar dinheiro com seu hobby favorito? Este curso vai te ensinar noções de vendas no Mercado Livre. 

Interessante, não? Clique aqui e saiba mais:

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Memórias Póstumas de José de Anchieta: Atari

Quem hoje joga videogame com esses últimos consoles ou nem isso - tablet e celular aos poucos fazem a substituição - mal imagina com que meios nós de décadas passadas tínhamos para nos divertir.

Observando como a tecnologia anda mais avançada e a garotada de hoje mais exigente com gráficos, efeitos, bits and bites e realismo virtual, chego a dar risada quando eu me lembro que em minha infância tínhamos em casa um Atari 2600

NÃO, A IMAGEM NÃO ESTÁ INCOMPLETA, É ASSIM
MESMO O VIDEOGAME!!
Não sei quanto aos meus irmãos, mas eu me achava morador da Praia da Costa (sem valões) ao "possuir" (it wasn't mine, nem sabia ligar direito) essa belezura. Mas, minha infância terminou de ser arruinada com uma simples pesquisa na Internet, me mostrando que o console foi lançado em 1977 nos Estates e em 1983 no Brasil! (R.I.P. infância). Como é que só fui ver essa bagaceira nos anos 90?

E caso vocês estejam se perguntando onde estão os botões A e B ou X ou Bolinha ou Quadrado, esqueçam! Os jogos eram tão simples que um botão já era o suficiente. Em alguns casos nem era usado (alguém usou o botão pra jogar Pac-Man?)

Atari continuou lançando novos modelos até os inícios dos anos 90, mas este aqui foi o campeão de vendas (talvez por isso ele apareceu em casa tão tarde) e popularidade. Lamentavelmente a empresa feneceu aos poucos com o advento da Mega System (a.k.a. Sonic), com as atualizações da Nintendo (a.k.a. Super Mário e Donkey Kong Country) e com a Sony também se metendo no mundo dos games (a.k.a. Playstation). Foi também questão de tempo para lá em casa descartarem o Atari pelo Super Nintendo - talvez isso renda futuro artigo.

Esse buraco no meio que vocês estão vendo era para colocar o cartucho. Só tínhamos um (parem de rir, o Brasil estava em crise!) e os demais vinham na memória. Querem ver o que eu costumava jogar?

1) Pac-Man
Em casa chamávamos de "Come-Come", pois a missão era essa mesma, ficar até 2050 comendo esses tracinhos e os fantasminhas que corriam atrás da gente após comer esses quadrados amarelos que ficavam nos quatro cantos da imagem. Quanto mais a gente avançava mais rápido os fantasmas ficavam, até chegar a um nível que era impossível! Ou seja, o objetivo não era chegar ao fim - se é que havia fim - e sim chegar à pontuação mais alta.

2) Enduro
O Top Gear dos anos 80, esse era o cartucho único que tínhamos. Mesma lógica dos demais jogos, sua missão era ficar em primeiro lugar na corrida, mas a corrida não tinha fim! O desafio mesmo era a pontuação. Só que aqui havia um porém: você perdia o jogo se ficasse muito pra trás. O diferencial era o ambiente: começava assim como na imagem, dia aberto com tudo verde. Depois o tempo ia mudando - tarde, pôr do sol, noite e madrugada com neblina! Depois vinha o amanhecer, e voltava ao dia normal. Em casa já considerávamos jogo ganho quando conseguíamos ficar até o dia seguinte, pois a parte da noite e da madrugada era difícil!
OU VOCÊ IA MAIS DEVAGAR E PERDIA POSIÇÕES
OU VOCÊ IA RÁPIDO E BATIA SEM CESSAR
NA TRASEIRA DOS CARROS.

3) Pelé's Soccer
PAREM DE RIR! Esse era nosso Winning Eleven Raiz. E sim, você não usou drogas e leu errado, era o nome do Pelé nesta obra prima - literalmente! Eu sempre levava um susto quando alguém marcava um gol e às vezes torcia pro jogo ficar no zero a zero - traumas da infância.

4) Frostbite
Calma que vou traduzir, esse jogo era interessante. O carinha tem que construir uma casa, conforme visto no canto direito da tela. Para levantar a casa ele tem de pisar nesses quadrados que você vê embaixo. Mas não é tão fácil. Você tem que se esquivar do urso que fica andando pra lá e para cá, senão ele te pega e você perde uma "vida". O azul na tela é o mar; ou seja, se você errar a mira do quadrado o carinha se afoga. Está vendo os pássaros? Não os deixe te pegarem, pois eles te empurram para fora do quadrado. A mesma coisa com essa ostra amarela. Já os peixes são do bem, eles te dão ponto extra. Você passa de "fase" quando consegue entrar na casa pronta se esquivando do urso. Só que a cada fase, os quadrados se movem mais rápido; ou há menos quadrados, exigindo melhor mira de sua parte; ou há mais bichos; ou o urso fica mais rápido. Mais uma vez, o jogo não tinha fim, o objetivo era pontuação.

5) Defender
Guerra nas Estrelas? Talvez. Assim como Asteroids, Defender era um jogo de batalha espacial. Neste caso o objetivo do jogo era defender a cidade de uma invasão alienígena. Só que nunca entendi por que em determinada parte do jogo a cidade aparecia em ruínas - tipo, falhamos na missão, os alienígenas destruíram a cidade, mas o jogo continua? Acho que você entendeu...

6) Tennis
Somente jogos de esporte tinham começo, meio e fim, e talvez por isso esse de tênis e o de futebol eram os mais jogados lá em casa. Sem grandes pretensões o jogo era assim mesmo. Na época não entendia por que os pontos eram de quinze em quinze, achava que tinha de ser igual futebol. Como era inocente...

Leitores, ainda falta um jogo, mas não me lembro o nome e não consegui encontrá-lo de forma alguma em minhas pesquisas, por isso fico por aqui. Até a próxima!

Se recordar é viver, então viverei eternamente!

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Memórias Póstumas de José de Anchieta - "Os Inseptos do Chaves"

ASSISTIR A ESSE EPISÓDIO DURANTE A
GREVE DOS CAMINHONEIROS NÃO DEVE
TER SIDO MUITO ENCORAJADOR...

     Uma das minhas tarefas árduas como criança era assistir Chaves e Chapolin, que naquela época já fazia parte do SBT como Venon e Ed Brook. Mal eu percebia, no entanto, o privilégio que tinha em escutar o programa na venerada dublagem clássica e pioneira da MAGA, dublagem feita quando a emissora ainda se chamava TVS (A TVS mudou de nome pra SBT em 1988).
     E eu também mal desconfiava que boa parte dos episódios que eu assistia estavam com os dias contados! Muito se discute na Internet sobre os ditos Episódios Perdidos, episódios de Chaves e Chapolin que foram retirados do ar nos anos 90 e que passaram mais de 10 anos - em alguns casos, 20 anos - fora do ar.
     O episódio que quero destrinchar pertence à segunda classe. Vinte anos fora do ar, mofando nos arquivos da emissora, voltando ao ar somente em 2012. E ainda de brinde, uma lenda que pode explicar o motivo do sumiço deste episódio em particular.
     Mas não se confunda, caro leitor. Antes que me taque pedras "Mas Batata, eu me lembro de ter visto esse episódio dos 'inseptos' nos anos 2000", entenda a diferença. Não estou falando do episódio "Na Ponta dos Pés", onde o Chaves esmaga o pé de todos na vila com um ferro de passar. Aquele episódio também fala de insetos com gasolina, mas é só parte da história. O episódio da imagem acima fala exclusivamente dos insetos e tem um final diferente.
     A principal diferença entre esses episódios é a presença do Quico. Quando gravaram "Na Ponta dos Pés", Quico não estava mais no seriado. O Nhonho aparece em seu lugar - é ele quem bebe a garrafa de gasolina. Mas no episódio dos Insetos, Quico está em seu lugar original, e é ele quem bebe a gasolina.

QUICO NA HISTÓRIA ORIGINAL DOS INSEPTOS,
E NÃO O NHONHO.
     Temos também um diferencial: A ABENÇOADA DUBLAGEM DA MAGA, GRAVADA NOS ESTÚDIOS DA TVS! Como o episódio dos Inseptos foi o 21º a ser exibido, a dublagem ainda era precária, como se estivesse em fase de testes. Há um eco no áudio e nas vozes dos dubladores (eco característico em todas as dublagens das antigas), a trilha sonora é da Televisa, os dubladores do Chaves e do Quico pareciam que ingeriram gás hélio; o do Seu Madruga e da Dª Florinda por outro lado pareciam intoxicados de Red Bull. Não havia padronização nos nomes dos personagens e em seus bordões. Neste episódio o Seu Madruga chama a Dª Clotilde de "Dona Clô", quando ela desmaia após comer os insetos; e a Chiquinha (a dubladora) por sua vez chora "A-B-C-D-E-F-G" em vez do mais conhecido "Ué, ué, ué".

ESTE PARECE SER O EPISÓDIO EM QUE
A CHIQUINHA MAIS CHORA.
     Cena épica quando o Seu Madruga - again - é acusado por Quico e a Velha Carcomida Dª Florinda o esbofeteia:

MADRUGA: Esta bofetada foi pelo beliscão que eu dei no Quico, não?
FLORINDA: Sim, senhor!
MADRUGA: Dê-me outra! (Sim, antigamente o brasileiro se importava mais com o português)
FLORINDA: O senhor quer outra bofetada?
MADRUGA: Sim!
FLORINDA: Com muuuuito prazer (excesso de Red Bull dá nisso)
Dª Florinda dá outro tapa em Seu Madruga e ele, em seguida, dá outro beliscão no Quico.
FLORINDA: M-m-mas o senhor não...
MADRUGA: Bem, agora estamos quites, não? Pra dentro, Quico, e não se misture com essa gentalha!

     Admita que você leu o trecho acima imaginando as vozes dos dubladores! Como diz Engenheiros, acontece a qualquer um.

     Agora a cena que lançou uma teoria sobre o cancelamento deste episódio está mais pro final. Seu Madruga está em casa tentando passar roupa e pede ao Chaves que "experimente" o ferro. O verbo fez Chaves experimentar o pirulito que a Chiquinha chupava - e ela chora again. Depois ela explica "mandei experimentar o ferro", então o jenial Chaves faz isso:

CHAVES EXPERIMENTA O FERRO QUENTE COM
A LÍNGUA, ATÉ SE OUVE O BARULHINHO DE
QUEIMADO!!
     Com isso vem a teoria de que o povo do Politicamente Correto condenou a cena acima por ser inapropriada às criancinhas, que poderiam tentar imitar com o ferro de suas mães. No YouTube alguns afirmaram que houve sim, casos de crianças em São Paulo que foram parar no hospital com a língua queimada; e essas mães, em vez de passarem o mesmo ferro na poupança de seus filhos para largarem de ser retardados, escreveram cartinhas à TVS\SBT exigindo a retirada do episódio no ar.
     Mas, de qualquer maneira, quando as filhas Abravanel mandaram anunciar que iam reexibir os Episódios Perdidos em 2012, o episódio dos Inseptos estava entre eles. Agora podemos assisti-lo em HD no YouTube quantas vezes nos der na telha (caindo por terra a explicação furada do SBT de que esses episódios se deterioraram com o tempo ou que se perderam na famosa enchente de 1992).
     Não posso deixar de mencionar a lendária explosão na casa do Seu Madruga quando ele bebe inadvertidamente a garrafa de gasolina e acende um charuto trago pela Bruxa do 71 Dª Clotilde. Após a explosão todos ficaram com os chapéus trocados e a Chiquinha com os óculos quebrados!


     Se recordar é viver, então eu viverei eternamente!


Fontes:
Minha memória
YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=QV3NYENmbEk
Google
Boatos do YouTube
Fórum Chaves: http://forumchaves.com.br/portal/