sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Timbiriche e suas versões brasileiras.

ORIGINAL
CÓPIA MADE IN BRAZIL
 É possível que eu arruíne a juventude de alguns leitores meus, mas conforme prometido no último artigo, eu ia mostrar a vocês quais foram as músicas da banda de pop-rock mexicana Timbiriche que ganharam versões brasileiras.

Dado pouco conhecido, a maioria dos sucessos de Timbiriche foram regravados por Polegar e Dominó. Dominó regravou uma música, mas Polegar regravou umas dez.

As duas boy bands surgiram sob a liderança de Gugu Liberato. Primeiro surgiu Dominó em 1984, depois veio o Polegar em 1989. Conforme dito no artigo anterior, em 1988 Timbiriche embarcou em uma turnê pela América Latina, e eles deram uma passadinha no Brasil. Muitos brasileiros nem suspeitavam que aquela roqueira e aquele bonitinho mais tarde seriam o casal de "Marimar" (e nem eles suspeitavam disso).

Foi então que Gugu teve a ideia de entrar em contato com os managers e pediu autorização para copiar criar versões em português das músicas dessa interessante banda. Dominó teve a música "Con todos menos conmigo", daquele disco VII que vendeu seis milhões de cópias. A letra ficou 99% a mesma (adaptar do espanhol para o português é bem mais fácil). A música era cantada apenas pelos rapazes, o que caiu muito bem; porque diferente de Timbiriche onde o foco eram Thalía e as garotas, Dominó só tinha garotos.

Parece que a Promoart se empolgou com o feito, porque quando planejaram lançar o Polegar em 1989, resolveram pegar MAIS músicas de Timbiriche e passar para o português. Logo no primeiro disco cataram três músicas do disco duplo VIII y IX. No disco de 1990 pegaram mais cinco músicas (uma delas do disco VII) e no terceiro disco de 1991, mais duas músicas. Muita esperteza de pegar as músicas quando a banda está em decadência; mas imagine se estivesse tudo certo com Timbiriche e eles resolvessem voltar ao Brasil? Surpresa!

Outro problema é que, como disse acima, o forte de Timbiriche era Thalía e as garotas, era praticamente uma "girl band" com três garotos no meio (um "galã" e dois feiosos). Mas Polegar, assim como Dominó, só tinha rapazes. Será que eles iriam cantar "Me estoy volviendo LOCA"? FAIL!

Só para ter ideia:

  • Conforme dito acima, a música "Com todos menos comigo" de Dominó é de Timbiriche. Uma apresentação do grupo com essa música no programa dos Trapalhões é visto até hoje no YouTube.
  • Agora vamos ao Polegar. A música "Amame hasta con los dientes" (preciso traduzir?) aqui nas mãos da banda virou a questionável "Dá pra mim". Vê se pode? Ao menos na versão original não tem essa letra de duplo sentido. Coitado do Erik!
  • A música "Soy como soy" cantada por Paulina virou "Sou como sou". Sim, aquela música em que eles estão no Wet 'n' Wild, e a plateia do "Domigo Legal" gritou mais alto que o áudio do videoclipe. A música virou trilha sonora do filme "Uma escola atrapalhada".
  • "Tu y yo somos uno mismo" virou "Ando falando sozinho". Tá "serto", excelente espanhol desse povo! A música cantada originalmente por Diego ficou famosa na voz do polêmico Rafael Ilha. Lembram-se da música cujo videoclipe tinha a Ana Paula Arósio ainda jovem numa praia? Pois bem, na versão original o videoclipe de Timbiriche também se passa numa praia! Brasil, nada se cria, tudo se copia!
  • Aquela música "Ela não liga pra mim" na verdade é "Soy un desastre", cantada por Diego. As letras não combinaram. E que negócio é esse aqui no Brasil de "Se eu sou um cigarro\ Ela não fuma"??? Cigarro para pré-adolescente, eu não acredito que eu ouvia essas coisas quando assistia "Passa ou Repassa" ou "Reino Animal"!
  • E sim, eles cataram "Me estoy volviendo loca" e transformaram-na em "Estou ficando louco". Boa sacada!
  • O dueto de Thalía e Diego (lembre-se de que eles estavam namorando) "Si no es ahora" foi modificado para "A qualquer hora", e como não dava para fazer um dueto romântico, eles aceleraram a música e enfiaram mais rock nos arranjos. É, fazer o quê...
  • Mais uma adulteração de quádruplo sentido: a música "Corro, vuelo, me acelero" foi violentada e se transformou em "Fogo do amor", cheia de expressões dúbias. Como brasileiro é tarado, eu ein! Ouçam a música original de Timbiriche e verão que a letra é totalmente limpa e decente.
  • E ainda tiveram músicas que não foram sucessos com Timbiriche e eles copiaram assim mesmo, quanto desespero! "Vive la vida" (Viva a vida), "Solo para mí" (Só para mim), "Princesa Tibetana" (Prisioneiro = duh!) e se eu esqueci alguma, lamento. Eu contei dez músicas, mas fontes dizem que eles pegaram treze.
Alguns saudosistas ficaram revoltados quando descobriram que as músicas de sua juventude eram na verdade versões estrangeiras. Está certo que é de praxe o brasileiro pegar músicas em inglês ou espanhol para fazer sua versão, mas logo dez ou treze? Do mesmo artista, do mesmo disco? Das dez músicas que citei, sete são do disco duplo VIII y IX. Que vergonha!

Tem um comentário no YouTube que resume a indignação de muitos: "Por que o Gugu não divulgou essa banda cheia de garotas mexicanas lindas em vez de promover os 'viados' dos Menudos?" E eu respondi embaixo o óbvio: se o Gugu trouxesse Timbiriche ao Brasil, todos saberiam a origem dos sucessos de suas boy bands. Que graça teria? E de uma coisa eu concordo com o comentarista: Thalía, Bibi Gaytán e Edith chamariam muito mais atenção que Rafael e os demais. As fotos que eu postei no artigo anterior corroboram o que eu disse, elas eram muito lindas e hoje, com mais de quarenta anos, continuam lindas. E quanto aos rapazes, em especial Eduardo? Se a mulherada o descobrisse naquela época... Seria o fim de Polegar!

Próximo artigo falaremos um pouquinho mais sobre essa saudosa época.
Enquanto isso confira os videos abaixo:

Soy un desastre, original de "Ela não liga"

Si no es ahora, original de "A qualquer hora". (Observem como Thalía encantava o público)

Con todos menos conmigo, original do mesmo nome (Dominó)

Soy como soy, original de "Sou como sou".

Amame hasta con los dientes, original de "Dá pra mim".

Tu y yo somos uno mismo, original de "Ando falando sozinho". (Aqui Thalía com ursinhos de pelúcia grudados na roupa, bem antes de Lady Gaga!)

Essa música não teve "versão" em português (não que eu saiba), mas deixo como brinde apenas para vocês verem como Thalía ARREBENTAVA. Para vocês verem que ela é muito mais que "Maria do Bairro". Muito gata e talentosa...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Conheça Timbiriche: a banda de rock da Thalia.

Thalía em 1988 com sua banda de rock Timbiriche
Atrás dela: Diego, Alix, Erik, Eduardo, Edith e Paulina.

Muitos (e talvez você esteja no meio) ainda não sabem, mas a cantora mexicana Thalía não só se destacou como atriz de telenovelas, mas também é conhecidíssima por ter feito parte de uma banda de pop-rock. Na verdade foi justamente essa banda chamada Timbiriche que lançou Thalía ao mundo musical.

Outro fato mais desconhecido do que o primeiro é que essa banda Timbiriche fez moderado sucesso no Brasil nos anos 80 e teve maioria dos sucessos copiados pelos grupos Dominó e Polegar. Esse trecho vou deixar em próximo artigo.

Vamos à história: Aos finais dos anos 70 e inícios dos anos 80 havia um grupo infantil espanhol fazendo sucesso na América Latina chamado Parchis. O México teve a brilhante ideia de fazer a sua versão e "selecionou" algumas crianças para formar o grupo Timbiriche. Para quem não sabe a palavra é o nome daquele joguinho de ligar vários pontinhos. Em Cuba a palavra também significa "quiosque".

Escrevi "selecionou" com aspas porque a maioria dos integrantes eram filhos de famosos da Televisa. Assim iniciou Timbiriche com dois meninos, Diego (filho de Martha Zavaleta, criadora da banda), Benny (filho de Julissa, produtora e atriz da Televisa) e quatro meninas: Sasha, Mariana (filha de Ana Garza, atriz de novelas), Alix e Paulina Rubio (filha de Susana Dosamantes - who?).

O grupo infantil lançou o primeiro disco em 1982 - e logo se viu obrigado a gravar outro disco no mesmo ano por causa do sucesso estrondoso. Todo mundo achava fofo aquelas crianças de uniforme de viajantes espaciais entre 10-12 anos cantando músicas infantis. Inclusive a música "Amigos do Peito" é deles, e não do Balão Mágico. Em 1983 lançam o primeiro disco ao vivo cantando praticamente todas as canções dos dois álbuns em pot-pourri mais faixas inéditas. Em 1984 lançam o quarto disco com mais um menino, o novato (?) Erik.

Quando Thalía entra em cena

Ainda em 1984 a produtora Julissa teve a ideia de realizar uma obra teatral baseada no filme "Grease - nos tempos da brilhantina". No México o nome do filme é "Vaselina" e assim ficou o nome da peça: "Vaselina con Timbiriche". Os fãs da banda arrastaram seus pais para assistir à peça. Como a história conta com um bom número de personagens, foram feitas audições com centenas de pré-adolescentes para selecionar coadjuvantes (só os sete não dava).

E é nessa seleção que entra não só Thalía, mas mais dois jovens que mais tarde fariam parte da banda: Eduardo Capetillo e Edith Marquez. Falaremos deles depois. O curioso é que essa obra teatral lançou inúmeros talentos que quando adultos se tornaram famosos assim como Thalía.

Mas a sorte estava mesmo com Thalía, pois de início ela foi selecionada para ser uma das dançarinas de pouco interesse; mas aos poucos o jogo foi virando e ela acabou ficando com o papel principal; ela foi selecionada para revezar na ausência de Sasha o papel de Sandy Dee, da Olivia Newton-John! Seria esse fato um sinal?

A era de ouro do grupo

Em 1985 a banda lança o sexto disco, onde eles com idade entre 13-15 anos deixam para trás as características infantis e investem no rock. É o disco onde começam a sair os sucessos #1 (e é de onde surgiram as "versões" brasileiras).

É também o último disco com a formação original. Benny se mudou para os Estados Unidos pouco depois do disco ser lançado. Sasha estava com projeto de ser solista. A notícia da saída dos dois deixou os fãs preocupados, pois eles eram o casal preferido. Os produtores procuraram substitutos, e quem você pensa que foram chamados? Para substituir Benny, o já mencionado Eduardo; e no caso de Sasha, chamaram novamente Thalía!

Durante a transição Eduardo e Thalía eram apenas suplentes que tampavam o buraco na ausência dos originais. Quando a apresentação era com playback, os coitados mexiam os lábios mas o público ouvia as vozes de Benny e/ou Sasha (Patético!).

A banda com a formação de 1987: Eduardo em cima
Erik em baixo, depois Thalía, Paulina e Diego;
mais em baixo: Mariana e Alix
Em 1986 Sasha parte em definitivo e Thalía é "promovida" de suplente à integrante. Em 1987 o grupo lança o sétimo disco. Coincidência ou não, é justamente com a presença de Eduardo e Thalía que a banca alavanca de verdade. Até hoje os fãs discutem se foi a presença, a voz, o carisma e o talento de Thalía que ajudou o se foi só "coincidência". O disco "VII" vendeu seis milhões de cópias, sendo o sexto disco mais vendido de toda a história mexicana. Apesar do grande sucesso outra integrante, dessa vez Mariana, decide sair da banda com o desejo de ser atriz de novelas.

Em 1988 o grupo lançou o disco "VIII y IX", um disco duplo contendo 21 músicas inéditas no total. Eles novamente mudaram o visual: de pré-adolescentes a roqueiros rebeldes, visto que o movimento "Rock en tu Idioma" estava em pleno apogeu na América Latina. O disco vendeu num total de quatro milhões de cópias e rendeu onze singles. Nessa época duas novas integrantes entram na banda: a melhor voz Edith Marquez e a sensual Bibi Gaytán. Os críticos rasgavam elogios e consideravam a banda no auge da fama.


Timbiriche em 1989: PAULINA jogando seu cabelo
de propósito na cara de EDITH, depois THALIA no
meio como a líder que era; EDUARDO coladinho
na sua futura esposa, BIBI.

Decadência e fim do grupo.

Apesar do glamour, a convivência entre os membros era difícil e conflituosa. Acabou-se a inocência da infância. Os amigos começaram a disputar por popularidade. Como cada integrante tinha sua música solo, era uma briga para decidir quem ia cantar nos programas de auditório tipo "Domingo Legal", pois era quase impossível os sete participar. Edith foi a mais prejudicada. Paulina era acusada de causar intrigas e sabotar Thalía e Edith. (A rivalidade entre Thalía e Paulina renderá futuro artigo). Conflitos amorosos e fofocas de traição vindo da mídia causavam desgastes emocionais.

Enfim, a bomba estourou em 1989, com Thalía e Eduardo anunciando suas desistências da bagunça que se tornou a banda. E, novamente, coincidências das coincidências, sem os dois, a banda entrou em decadência! Os produtores arranjaram mais dois substitutos e tentaram prosseguir nos anos 90, mas não era a mesma coisa. Os fãs preferiram acompanhar a trajetória solo dos que saiam. Outros membros antigos como Paulina, Erik e Edith também saíram, resultando num confuso troca-troca de integrantes. Então, em 1994, com apenas Diego como único veterano (todos os demais tinham rachado fora), a "falência" foi decretada.

 Vamos ver em detalhes os integrantes da era de ouro, antes e depois:

 Thalia, "La Líder". 

Eduardo Capetillo, o líder dos rapazes, "El galán de las chicas". Ele e Thalía carregaram a banda nas costas, tornando-a febre juvenil.

 Bibi Gaytán, "La Sexy" da banda, agora casada com Eduardo e mãe de cinco filhos.

 Diego Schoening, o último dos moicanos, o único membro original a ficar até o fim. Ele foi o primeiro namorado de Thalía. 


 Erik Rubín, "El Champi". 

 Mariana Garza, "La Actriz".

 Alix Bauer, "La Bella Judia". 

 Edith Marquez, "La Mejor Voz". 

Eu já estava encerrando o artigo quando me lembrei de postar as fotos "dela"!
 Paulina Rubio, "La Chica Dorada". Seus problemas pessoais a deixaram assim. 

Se vê que o tempo foi generoso com todo mundo, menos com a última. Todos estão entre 44 a 46 anos.

Cada um prosseguiu em carreira solo. Como bem sabemos, Thalía foi a que mais se destacou até hoje: gravou a Trilogia das Marias (o seu par romântico de "Marimar" é Eduardo, os dois juntos novamente) e agora segue como cantora. A doida da Paulina segue em segundo lugar, sempre causando problemas com drogas e imoralidades que a deixaram assim. Eduardo e Bibi se casaram e ele seguiu como galã de novelas, enquanto Bibi se retirou do meio artístico para cuidar do lar. Alix também se retirou dos holofotes. Mariana segue como atriz de novelas e teatro. Sasha, Benny e Erik seguem como cantores e desde 2014 os três saem juntos em turnê América Latina afora. Diego segue como condutor do programa "Un Nuevo Día" do canal Telemundo.

No próximo artigo vamos descobrir quais as músicas de Timbiriche que tiveram versões brasileiras de Polegar e Dominó. Até a próxima.

Fontes: estão nos links.
Fonte das imagens: Google.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Era uma vez em Cariacica.

Big Field, Cariacica.

Em busca de uma vaga para professor a SEDU me obrigou a ir a Cariacica, especificamente na Rua Carlos Rogério de Jesus Gomes, Santa Fé, no auditório da EEEFM Hunney Piovesan.

Depois de meses morando em Guarapari, me senti um estrangeiro - passageiro de algum trem - andando por bandas desconhecidas. Tive o desprazer de descobrir que a passagem do Planeta subira de R$ 5,70 para R$ 6,25, e eles não dão desconto para quem desce em Cariacica = FAIL.

Para quem perambula por Iguape ou Rio Claro, Campo Grande parecia Midtown, Chelsea ou East Village. Tirando a parte dos panfletos: mal pisei na Expedito Garcia e recebi uns três a cada cinco passos (um pouco de exagero mas é fato que voltei para casa com os bolsos cheios de propaganda).
Será que Serena e Blair recebem panfletos no Upper West Side?
Serena Van Der Woodsen e Blair Waldorf andando na Av. Expedito Garcia? 

A Praça José Maria Ferreira estava cheia de velhinhos simpáticos em pé em volta de dois que estavam sentados. Jogando xadrez, damas? Não sei, não deu para saber. O que eu sei é que várias lojas estavam com o aviso colado na vitrine: "Não estamos aceitando o cartão Avista".

O cruzamento do Cão da Rua José Vieira Gomes continua level hard desde os tempos da costelaria. Quase que viro testemunha de um acidente. Os carros viram com tudo (é uma curva bem fechada) e logo depois da curva a rua se divide numa trifurcação.

Ao atravessar a Avenida Leopoldina, não pude deixar de ter visões de "De Volta para o Futuro 3". E imaginei se um dia teríamos o trem de passageiros de volta. Que droga, por que aqui não é igual a Londres?

Subindo a ladeira da Estrela Matutina, eu, a portuguese teacher, encontro uma placa de rua escrita "matOtina". Fizeram isso de propósito para me trollar? E a antiga costelaria virou um prédio de quatro andares. No térreo estava funcionado uma loja de bolos. Quase entrei para comprar um mas a verba era pouca, he he.

Chegando finalmente ao endereço, todo suado e de guarda-chuva (em Guarapari ameaçava chover, mas em Far Far Away Land não havia uma nuvem no céu), me deparo com um punhado de professores a esperar a sorte. Pensei: "Beleza, vai sobrar vagas!". O auditório era de ar condicionado e enquanto esperávamos passaram o filme "V de Vingança". Emocionante o final com o clássico de Tchaikovsky.

Mas triste mesmo foi saber que a SEDU só chamou 08 professores DT e deixou um monte de mestres mais gabaritados do que eu de fora. A "Pátria Educadora" está deixando um monte de profissionais sem emprego!

Pelo menos Cariacica continua a mesma...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Vamos a la Argentina?

Ainda bem que a Argentina continua assim...

Nunca mais faremos piadas de Argentinos! Eles é que estão rindo da cara do Brasil, com a nossa economia em frangalhos, com milhares de desempregados, com tanta coisa errada acontecendo e com pessoas que prometeram soluções persistirem no erro.

Em pouco mais de um mês o novo presidente Maurício Macri está tentando arrumar a bagunça que a outra de sobrenome impronunciável deixou. É claro que os fanáticos seguidores do antigo governo se molestaram com o fim da mamata, mas quem tem os pés no chão sente na pele as mudanças e agradece.

Inúmeros brasileiros que moram lá registram empolgados no Facebook as novidades. Os jornais estão eufóricos; quase todo dia que eu entro em algum portal jornalistico tem notícia da Argentina como destaque. O novo presidente:

  1. Mandou eliminar as barreiras alfandegárias, para estimular o comércio exterior. 
  2. Mandou reduzir impostos concernente à Indústria, Agricultura e Pecuária para gerar mais emprego e renda. Carros Audi já custam metade do preço lá.
  3. Está permitindo a entrada de capitais estrangeiros, o que estimula ainda mais as importações.
  4. Mais de 40 multinacionais planejam retornar a fazer negócios no país, resultando em mais empregos e renda.
  5. Aboliu o imposto de renda para salários de até 30 mil pesos e está reduzindo o peso nas costas da classe média.
  6. Chutou uma cacetada de funcionários públicos estilo "Senhora Volte Aqui" contratados à base de Q.I. Agora lá SÓ ENTRA QUEM PRESTOU CONCURSO PÚBLICO.
  7. Está fazendo uma faxina nos gastos públicos, cortando o desnecessário, vendeu os carros presidenciais e está utilizando e custeando seu automóvel pessoal.
  8. Decretou o fim da censura e da exagerada burocracia que controlava os meios de comunicação.
  9. Deu fim à versão Argentina da Lei Rounaet, que "financiava" artistas para falarem bem do governo anterior. Agora esses cantores terão de ganhar dinheiro pela vendas de discos e shows, como qualquer outro.
  10. Está reabrindo processos arquivados pelo governo Kirchner, como no caso da morte do promotor argentino que o denunciava
Fazendo as malas e partindo para a Argentina, hehehe.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Destrinchado: Você está apaixonado, Charlie Brown

Feliz em saber que lançaram dia 14 deste mês mais um longa sobre Charlie Brown e cia, mas esse promete devido à alta tecnologia 3D. Vamos ver se agrada.

Enquanto isso, fiquemos com os eternos desenhos animados dos anos 60-90 que passaram em exaustão até a fita pocar no SBT com a clássica dublagem MAGA (dublado nos estúdios da TVS); depois na Globo com uma dublagem HORROROSA e depois na Nickelodeon com outra dublagem mais aceitável aos nossos ouvidos. Apesar dos dois canais abertos intitularem o desenho como Snoopy, a atração principal é o seu dono.

Você está apaixonado, Charlie Brown
Clássica entrada
Você está apaixonado, Charlie Brown foi o quarto desenho a ser produzido em 1967 por Charles M. Schulz (In memorian). Sempre suspeitei de que se tratava de um dos primeiros, (Os anteriores são"O Natal de Charlie Brown", "Todas as estrelas de Charlie Brown" e "A grande abóbora") e acertei, devido às características abaixo:


  • Traçados dos personagens ainda bem simples e rudimentares.
  • Falta de interesse em detalhar os cômodos das casas.
  • O focinho do Snoopy é maior.
  • Forte influência da praga do feminismo retratada em Lucy.
Bem, eu apenas tirei a pele, agora vamos destrinchar e desossar esse clássico.

  1. Não dava para Charlie desconfiar pelo cheiro que o café da manhã não era para ele?
  2. Primeiro FAIL na escola com a cartinha de amor secreta para a menininha ruiva que se tornou mais pública que BBB = HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA!
  3. Linus e Sally estavam em um escorregador ou num tobogã do Wet 'n' Wild?
  4. Segregação e feminismo em uma cena = Lucy e as meninas expulsando Snoopy do parquinho.
  5. "Charlie Brown, você fez um nó em seu sanduíche".
  6. Quando eu fazia a pré em José de Anchieta tínhamos um apontador comunitário.
  7. Só não tinha o talento de apontar a caneta.
  8. Quem fica falando "inglês é mais fácil que português porque não tem gramática", queima a língua  nessa cena. Aliás, aprender todas as regras de soletrar é obrigação de todo e qualquer aluno nos States, pena que não é assim no Brasil.
  9. Estou de boas esperando que LUCY e VIOLETA me respondam por que chove tanto no Oregon?
  10. Substitua "O Charlie Brown está apaixonado" por "O Charlie Brown gosta de Paulina Rubio" e as gargalhadas serão as mesmas ou mais intensas.
  11. "Nessas horas que a gente precisa do apoio de seu cão fiel e leal" = FAIL!
  12. Sally em seu discurso de formatura (há formatura do Jardim de Infância nos States?) pensa em falar sobre o "fracasso da geração atual em assumir responsabilidades". OUCH! Um tiro certeiro, quem estava vivo em 67 sabe do que eu falo.
  13. O clássico consultório médico tinha em sua recepção revistas especializadas de 1930!
  14. Schroeder é um exemplo exímio de como um homem deve despachar uma qualquer que não acrescenta em nada na sua vida.
  15. "Provavelmente nunca vou me casar". EXATAMENTE! O destino de toda feminista histérica foi resumido nessa frase.
  16. Mais críticas ao feminismo dos anos 60: "O QUE QUE VOCÊ QUER?!"
  17. "Minha tia Marian estava certa". Provavelmente essa tia da Lucy é feia, gorda e encalhada. Vai, tonta, vai seguir o conselho da tia, por isso que nunca fisga o Schroeder.
  18. Patty Pimentinha apareceu brevemente no desenho só para embaralhar tudo mais.
  19. Charlie Brown acordou bem cedo, antes do sol nascer, e mesmo assim perdeu o ônibus!!
  20. A grade da escola não parecia tão alta, e que ser vivo desce de cabeça para baixo?
  21. Aquele momento em que você quer ser invisível, mas não consegue.
  22. "Por que você chegou atrasado, Charlie Brown?"
  23. Cedo na vida Charlie Brown aprendeu a arte da adulação. Ele teria um bom futuro no Brasil.
  24. E o prêmio de EPIC MEGA FAIL vai para a aula de Aritmética: "Sim, professora? O que eu estou fazendo? - olha o quadro negro - "Eu não faço a menor ideia" =  HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA!
  25. EPIC MEGA FAIL
  26. Na hora da criançada ir embora para casa, crianças que vão a pé como Linus sobem no ônibus escolar (e três vezes).
  27. Bem, depois de tanta desgraça, um bilhete da menininha ruiva aparece (não se sabe que método sobrenatural ela fez) na mão do nosso coitado, dizendo que ela gosta dele. É, só para termos um final feliz.
E então, leitores, esse destrinchado rendeu, ein? Que banquete? Comentem abaixo se eu esqueci de algum pedaço!

"A felicidade é um cobertor quentinho". Van Pelt, Linus.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Orgulho e Preconceito: defesa ou repúdio ao feminismo?

Não tinha essa cena no filme. . .
                                              
Caí de costas quando li uma resenha da obra "Orgulho e Preconceito" dizendo que nossa querida personagem Elizabeth Bennet era uma "proto-feminista". Sabe-se lá what a hell isso significa, ao menos tenho a impressão de que nossa Lizzie é uma espécie de feminista antes do seu tempo, visto que a primeira onda surgiu nos anos 30, e a história do livro se passa no século 19.

Bem, vamos lá. Sabendo nós o que realmente querem as feministas e a história do filme, vamos fazer as comparações.

"Uma mulher precisa de um homem assim como um peixe precisa de uma bicicleta", é o que rezam as feministas. Será que vemos isso no filme, no livro? Claro que não. A chata da Mrs. Bennet vive jogando as filhas pra cima de qualquer coisa que use calças compridas. Lydia e Kitty tem uma obsessão por militares fora do comum. E a própria Jane garantiu a Elizabeth: "Um dia você conhecerá alguém e então vai morder essa língua".

Foi só Elizabeth se interessar pelo Mr. Darcy que todas as suas teorias feministas caem por terra, isso se admitirmos que ela tinha esses ideais. Elizabeth faz todo o contrário do que as malucas pregam. Não só se apaixona por Darcy como literalmente empurra Jane para Mr. Bingley. Ela faz muito mais do que a própria mãe, por muitas páginas (e cenas) ela parecia a mais velha. Muito feminista!

Se há alguém que se parece com as feministas de hoje, essa só pode ser a Lydia! Fugindo de casa com um salafrário e fazendo um casamento às escusas (um "arremedo de casamento" como diz Lady Catherine). Lydia e Kitty encabeçariam com orgulho a "Marcha das Vadias" em Londres!

As feministas reclamam que naquela época as mulheres eram "muito oprimidas". Ah, claro, para quê estudar idioma moderno, canto, dança, costura, piano, aperfeiçoar sua mente com boa leitura (alguém fechou um livro não sei porquê); isso era muita opressão! Libertador mesmo é ser burra, mal falar o português, dançar funk, usar roupas rasgadas e não ler nem revistinhas da Turma da Mônica, né, feminzasis?

É por isso que muitos historiadores rebatem essa ideia de que a mulher "não podia fazer nada antigamente além de casar e parir filhos". Nada disso, o livro não mostra isso e o filme muito menos. As mulheres tinham seus deveres, mas tinham liberdade. No caso das Bennets, eram livres até demais. Esse é o ponto: as mulheres tinham seus deveres, mas isso não significa que elas viviam como as mulheres do Estado Islâmico! Na época retratada homens e mulheres tinham suas tarefas, cada um com seu cada um, e ninguém ficava reclamando que fazer x ou y era coisa mais chata. Eu não imaginaria Darcy e Bingley fazendo "Marcha dos Vadios" exigindo o "direito" de bordar lenços!

Por isso eu digo: qualquer mulher pode ser feminista até conhecer seu Darcy.

Já que estamos falando de livros, convido vocês a conhecem meu livro "Os Informatizados". Clique aqui para saber mais e façam boa leitura.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O que Maze Runner nos ensina sobre...

Em vez de correrem logo...
                                           
Será que um filme de ficção científica pode nos ensinar alguma coisa? Bem, não é exatamente a função dele, mas se espremermos feito cana no engenho podemos tirar um bom caldo.

O que eu achei de interessante no filme "The Maze Runner" e veja se você concorda comigo:

  1. Inveja mata. Sim, esse ditado se mostrou veraz no filme. A inveja matou a Gally e Chuck foi vítima de sua inveja.
  2. Ficar rancoroso por alguém te ajudar é uma das piores coisas que um ser humano faz. Por três anos o povo ficou quebrando a cabeça com o labirinto; chega o "novato" que lhes mostra a solução em três dias, mas aquele que não mencionamos não enxerga esse fato.
  3. Obedecer cegamente regras acima do bom senso, da solidariedade e da compaixão é coisa de comunista\socialista. A Clareira era Argentina e Gally era a Cristina. Thomas é o Macri. O que custava dois ou três deles entrarem rapidamente no labirinto para ajudar Minho com Alby? "É contra as regras", foi tudo o que o neto de Hitler disse.
  4. Se não fosse o feminismo e sua calúnia de "A cada um segundo uma mulher é estuprada", Teresa não tacaria pedras nos rapazes. E de onde surgiu aquele facão? Estava com a maquiagem dela?
  5. A Clareira não contou com um professor de Português. Qual a parte do "Ela é a última" que eles não entenderam? A mensagem estava mais explícita em Inglês: "She is the last EVER".
  6. Minho e sua pérola: "As pessoas precisam de acreditar que têm esperança". Ouço muito isso vindo da parte de gente safada que engana as pessoas com promessas, sem a menor vontade de cumpri-las; afinal o que importa é que o povo acredite que uma hora a solução vem. Patético, se Minho fosse brasileiro com certeza se afiliaria a algum partido. Os filmes "Rango" e "O livro de Eli" não me deixam mentir.
  7. Se recusar a responder as perguntas ou fazer de conta que não ouviu não vai deixar a pessoa menos curiosa.
  8. Definitivamente Teresa não ia nos convencer com esse lance de telepatia. Sorry, girl!
  9. Talvez o autor do livro ou o diretor do filme não se aperceberam disso, mas a história bem que se encaixa como uma crítica às grandes empresas farmacêuticas que deveriam ajudar a população, mas que agem por interesses próprios. A C.R.U.E.L já tinha a cura, mas a doutora-chefe estava obcecada por MAIS testes. E teve a cara de pau de falar "Não esperava tantos sobreviventes", ou seja, ela pouco se lixou pros jovens que morreram. Uma vergonha!
  10. A doutora-chefe deveria ter uma gravadora eletrônica, tá louco!

domingo, 17 de janeiro de 2016

Família Von Trapp, nazismo e lavagem cerebral

                                                    O FAILstival

Esperando aqui de boas a Família Von Trapp aparecer e receber o prêmio do FAILstival (Cric-cric-cric...)

Além de ser fonte de entretenimento, diversão, risadas e boa música (e aulas de canto para aqueles que não mencionamos), o filme "A Noviça Rebelde" nos trás um problema da época que mancha a história da humanidade: o nazismo.

De uma hora para outra, todo o povo da Áustria passou por uma lavagem cerebral. Eles acreditaram piamente que estariam protegidos e abençoados sob a liderança de Hitler. E para mostrar apoio e devoção, tão logo começaram a comportar-se como os zumbis nazistas: bandeiras vermelhas (sempre vermelho, como esse povo tem uma tara neurótica por essa cor!) com suásticas em tudo quanto é esquina, todo mundo andando duro, obediência cega a tudo e a todos, e o famoso cumprimento "Heil Hitler". Pese ainda o fato do próprio ditador ser natural de lá.

Todo o trabalho que Sissi e Franz Joseph tiveram em unir e pacificar o Império Austro-húngaro foi ao beleléu. Se bem que o império em si já não existia. Mas, mesmo assim, onde o povo estava com a cabeça ao aceitar de braços abertos uma ditadura? Uma pesquisada rápida no Google nos mostra que até a Áustria ter sido anexada à Alemanha (A palavra Anschluss usada no filme significa anexo em alemão) foi um festival de tramoias, maracutaias, acordos quebrados, promessas não cumpridas, teorias, prisões injustas e até mesmo assassinatos. Enquanto o circo pegava fogo, a Família Von Trapp escapava ilesa desse pandemônio.

O grande problema desses regimes ditatoriais é que eles conseguem apelar para o povo por meio de persuasão - que chega a ser hipnótica - para que o mesmo os aceitem sem questionar. A ideia de uma nação "pura" (Pangermansimo) contagiou os otários austríacos. Os socialistas entendem muito de manipulação. Obviamente que os judeus e famílias de outras etnias sentiram o cheiro do perigo e vazaram do pais logo após a fuga dos Von Trapp.

Foi muita cara de pau aqueles zumbis cantarem "Edelweiss" no festival! "Bless my homeland forever", com o psicopata do Hitler tocando o terror? Mais de 2000 pessoas foram assassinadas durante a transição. Que bênção!

Só lembrando: nazismo em português significa Partido Socialista dos Trabalhadores Alemães. Ou seja: SOCORROOOOOOO!!!!!!!!!!! CORRAM PROS ANDES!!! E não se esqueça, CLIMB EVERY MOUNTAIN!!!!

No meu livro Os Informatizados temos uma personagem maluca que parece ser neta de Hitler. Para saber mais, clique aqui e faça boa leitura.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Filme versus Broadway: A noviça rebelde.

Agora peguei pesado! Vamos comparar mais um clássico em diferentes formatos.



"A Noviça Rebelde", cujo texto em inglês deveria ser "O Som da Música" (The Sound of Music), é uma história baseada no livro escrito pela própria Maria Von Trapp, que fez questão de sambar na cara do povo europeu mostrando como ela e sua família escaparam da lavagem cerebral que estava acontecendo entre toda a Áustria. Enquanto os tontos achavam que seria muito bom estar sob o domínio nazista, os Von Trapp corretamente pressentiram que isso seria uma furada e deram no pé.

Após a morte do Capitão Von Trapp, sua querida esposa fez questão de propagar a história e a aventura da família mundo afora. Primeiramente foi produzido um modesto filme para a Alemanha. Tendo boa aceitação, Hollywood também quis fazer a sua versão. E assim surgiu o famoso filme "A Noviça Rebelde", versão de 1965, com Dame Julie Andrews e Christopher Plummer (não, esse não é da Realeza Britânica).

A história se tornou um sucesso estrondoso nos Estates e desde então tudo quanto é teatro resolve fazer uma representação. O pessoal da Broadway a encena sem enjoar, assim como a gente não se enjoa de Chaves e Chapolin. Tanto que em 2013 foi produzido uma versão teatral ao vivo, com Carrie Underwood e Stephen Moyer.

A produção da versão de 2013 não foi fácil. As únicas filhas Von Trapp ainda vivas, Liesl e Louisa, se molestaram e tiveram dúvidas quanto ao talento profissional de Carrie Underwood. Mas o fato dela ter sido a vencedora da quarta temporada do reallity "American Idol" foi o bastante para calar qualquer dúvida. Lembrando que isso aconteceu em 2005, ou seja, ela já tinha oito anos de carreira. Amadora ela não era.

A grande desvantagem da versão de 2013 é que, por ser estilo Broadway, o cenário ficou limitado. Por isso algumas cenas e diálogos que existem no filme de 1965 tiveram de ser cortados. Imaginem como seria fazer a tal cena em que Maria mais as crianças caem no lago; como fazer a cena em que todos passeiam de carruagem Salzburgo afora; como fazer a cena em que o zumbi Herr Zeller flagra a todos fugindo de carro. Uma pena, mas não dava.

Bem, deixando à parte esse detalhe, vamos às curiosidades e comparações:

  1.  O prêmio de EPIC MEGA FAIL vai para Christopher Plummer. Ele não canta. Não de verdade, a voz dele foi dublada. Ele é nossa Carlotta de calças. Sem falar que o ator recusou várias vezes aceitar o papel, sendo vencido pela insistência do diretor. Depois ele teve a audácia de cuspir no prato que comeu, não reconhecendo que foi graças ao filme que ele se tornou famoso - sim, nessa época Elza era a única famosa - reclamando do papel em várias entrevistas. Igual Paulina Rubio e Timbiriche, igual a galera de "Friends". Que vergonha!
  2. Sem falar que o velho Von Trapp é muito mais atiradinho e safadinho do que o "original", conforme certo crítico. O novo Von Trapp é mais comedido e reservado, como todo lorde inglês.
  3. Não sei por que se molestaram com Carrie Underwood, visto que ela se parece muito com Julie Andrews.
  4. Na versão de 65, a Madre Superiora canta uma das notas mais difíceis que se há: um F#5 no último verso de "Climb Every Mountain".
  5. O velho Friederich tem muito mais presença e firmeza no filme; enquanto que o novo quase não aparece e quando o faz... bem... "Adieu to you, and you, and you"!
  6. Tanto o velho quanto o novo Kurt mata, enterra e cospe em cima do caixão da Melody com um legítimo falsete.
  7. A velha Liesl puxou ao pai e vive extrapolando os limites de uma "moça de família", sendo o velho Rolf quem a chama constantemente à razão. A nova não é assim.
  8. A velha Elza tem sua característica de vilã mais destacada. Ela conspira contra Maria dando uma de "falseane". Bom é quando mais tarde o Capitão lhe diz na cara que os dois não dariam certo.
  9. Penso que dava para incluir a cena do Capitão cantando "Edelweiss" no violão para a família na versão de 2013. Ela só foi mencionada por Brigitta no baile.
  10. No final, o velho Von Trapp tenta argumentar e acalmar Rolf, mas este se ofende e grita por seus superiores, denunciando a fuga da família Von Trapp. Na versão de 2013, Rolf decide ficar calado diante da presença de Liesl e eles escapam em paz e a pé, enquanto que no filme eles escapam de carro.
  11. Ninguém da dublagem decide a pronúncia dos nomes. No filme o nome do Capitão é pronunciado como /Jorge/, enquanto que na versão teatral eles se aproximam da pronuncia correta. Ainda nessa versão, Liesl é chamada de /Lisa/, sendo algumas vezes chamada de /Lisel/, enquanto que no filme parece que ouço /Lily/, a não ser que esteja enganado.
  12. Conforme escrevi acima, a atriz Julie Andrews foi nomeada Dama pela Rainha Elizabeth II, com a Ordem do Império Britânico em dezembro de 1999. Já Christopher Plummer, uma pedra (risadas Charles Bingley).
Enquanto meu livro não vai para a Broadway (he, he!), dê um clique aqui e faça uma boa leitura.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Livro versus Filme = O diabo veste Prada

A maestra e a aprendiz


Bem, creio que dessa vez não preciso dizer a vocês que o lendário filme "O diabo veste Prada" é baseado no romance homônimo da escritora Lauren Weinsenberg. E nem precisarei dizer que o livro/filme foi baseado na história real da própria Lauren. Precisei mesmo? Oops...

Pois bem, depois de assistir ao filme milhares de vezes, eis que eu, José, com dinheiro sobrando, me deparei na prateleira da Saraiva o livro com o enorme sapato Prada vermelho estampado na capa. Não pensei duas vezes; acho que nem pensei uma vez; comprei o danado.

E depois da minha eterna comparação livro x filme, eu cheguei à conclusão que...

(Mais uma vez, se você pensa em ler o livro sem surpresas, ignore meu artigo!)

Veja o que Nate\Alex perdeu

  1. Ter o nome do baboso namorado de Andrea mudado de Alex para Nate não acrescentou em nada a minha vida, nem tirou.
  2. Mas a grande mudança foi em Lily. Sério mesmo, eles fizeram um extreme makeover na personagem. No livro, Lily é alcoólatra, universitária (Mestrado em Literatura Russa), mora com Andrea (no filme Andrea mora com Nate), tem vários relacionamentos e APOIA Andrea se engraçando com Christian. No filme, ela é má agradecida (esperando de boas ela devolver a bolsa Marc Jacobs de US$ 1.900,00), metida a santinha e quase não tem destaque. Ué...
  3. No livro, Andrea não consegue dar às gêmeas as duas cópias do manuscrito inédito de Harry Potter.
  4. A parte "Procure aquele restaurante que teve boa crítica" é bem mais explorada no livro. No filme, foi apenas uma ordem.
  5. Nigel não vai para Paris e todo aquela trama de substituir Miranda por aquela tal Jacqueline Follet não existe no livro.
  6. James no livro é apenas um dos inúmeros funcionários da Runway e não um estilista em ascensão como no filme.
  7. Não tem nenhum amigo gay de Andrea, Lily e Nate. Não faço a menor ideia de onde o roteirista inventou esse personagem.
  8. Emily demora a ser amiga de Andrea, mas as duas não chegam a brigar como no filme. Pelo contrário, na despedida das duas elas foram bem mais amistosas.
  9. O enrolo de Andrea e Christian não foi tão profundo quanto no filme. Eles apenas dançam e se beijam. No filme, eles vão pra cama e tudo o mais (safadinho o roteirista, ein!)
  10. Mas o prêmio de EPIC MEGA FAIL vai para a cena em que Andrea anuncia sua partida para Paris. Nada daquilo acontece no livro. E para mim, faria mais sentido se não acontecesse. No livro, o resfriado de Emily é o motivo dela não ir a Paris. E Emily aceitou numa boa ser substituída por Andrea. Já no filme, eles inventaram que Emily quebrara a perna num acidente, e esta se dá ao luxo de ficar com raiva de Andrea. Como Emily esperava ir a Paris de perna engessada? Até hoje ninguém me explica isso. E Nate, como sempre, a complete jerk, distorcendo tudo o que aconteceu, como se fosse Andrea quem empurrara Emily na frente do táxi. "Eu não ligaria se você fosse dançarina de boate se o fizesse com dignidade". A questão é: há dignidade numa dançarina de boate? Eu negaria o Oscar só por causa dessa cena.
Meu livro faz lembrar um pouco este grande filme (tirando a parte da moda). Os Informatizados para saber mais e faça uma boa leitura.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Livro versus Filme: Jurassic Park

Curiosidades e comparações entre o livro “Jurassic Park” e o primeiro filme lançado em 1993



Para quem ainda não sabe, Parque dos Dinossauros é originalmente um livro. Escrito por Michael Crichton e lançado em 1990. Enquanto sabemos que o filme rendeu bilhões e bilhões de dólares, pouco se sabe a respeito do livro (FAIL!) sendo a única indicação que eu encontrei: “um best-seller mundial”. Então tá...
Como sempre tenho curiosidades em comparar livro x filme, e eu também acho que meus leitores também merecem saber, vamos lá!

Mudanças escabrosas no filme, como sempre.

Não sei como o povo de Hollywood tem verdadeira tara por modificar e adulterar detalhes. Que se corte algumas coisas por questão de tempo de duração do filme, por questões orçamentais... mas me digam em que o público ganha em:

  • O casal Alan e Ellie no livro não eram, exatamente, um casal... No romance eles eram apenas professor e aluna, e o relacionamento era estritamente profissional. Não é à toa que na Parte 3 fizeram a Ellie estar casada com outro cara e com dois filhos! Um EPIC MEGA FAIL que tiveram de corrigir. Eu me lembro de que quando assisti pela primeira vez a Parte 3, pensei: “Ele não queria filhos mesmo no 1”. Mas depois, lembrei: “E o Tim e a Lex?”. Cai no conto de Hollywood.
  • Falando nos dois moleques, eles aplicaram a Ideologia de Gênero que os professores-socialistas querem tanto impor nas escolas: no livro Lex é a mais nova e o Tim é o nerd hacker que salva a pátria com os sistemas!
  • Ainda sobre os moleques: no livro Alan nunca teve problemas com crianças, e se deu bem com Tim e Lex de saída. Não foi como no filme, em que ele se molestava com crianças e depois “aprendeu” a gostar delas.
  • Sobre Hammond, fizeram um extreme makeover no empresário. No livro o dono do parque é excessivamente inescrupuloso e materialista, queria a todo o custo o funcionamento do parque, tratava seus netos como meros cobaias e se tornou intratável com os demais quando as coisas deram errado. Ao contrário do filme, Hammond não se convenceu de maneira alguma que seu plano fracassara, e escondido dos demais tentou levar o projeto adiante. Seu fim no livro foi trágico: acabou sendo morto por um grupo de procompsognatos (sabe-se lá que raça era essa). No filme, além de fazerem um Hammond mais bonzinho, ele sobreviveu e se arrependeu de criar o parque. WHAT?
  • Agora sobre as mortes: o advogado Gennaro não morre no livro. No romance, é um outro personagem chamado Ed Regis quem morre logo após o Tiranossauro Rex sair de seu cativeiro (a lambança com o carro das crianças aconteceu). Mas os roteiristas não trouxeram esse personagem ao filme e deram esse destino ao advogado.
  • O cientista coreano Henry Wu que presencia o nascimento daquele velociraptor (velociRÁptor ou velociraPITÔR??) morre junto com o programador Arnold. No filme, o cientista sai da ilha com os demais funcionários antes do caos, e o sr. Arnold morre quase no final do filme.
  • O caçador Muldoon não morre no livro. Já no filme, ele é o último a morrer.
  • O veterinário Dr. Harding que no filme só aparece cuidando de uma Tricerátops com Ellie no livro tem maior participação e também passa apuros com os demais personagens.
O filme contou com três dublagens: uma para as fitas VHS, outra para a Globo (sempre ela) e outra para DVD. Ninguém define a pronuncia dos dinossauros velozes: /velociRÉptor/, /velociRRÁptor/ ou /velociRRAPITÔR/?? (esse último exemplo só Jesus na causa!)

E se você ainda não conhece o meu livro Os Informatizados, dê um clique aqui e aproveite enquanto ele ainda não vira filme (quem dera...)

Filme versus livro: The Maze Runner.

Se tivessem corrido e resgatado logo Alby e Minho, parte dos problemas seriam evitados. Mas, como é filme...
Se tivessem corrido e resgatado logo Alby e Minho, parte dos problemas seriam evitados. Mas, como é filme...
Mais conhecido como "Correr ou morrer" em português BR, o primeiro filme da também trilogia foi baseado no romance homônimo de James Dashner. E assim como os livros, Hollywood está providenciando a terceira e última parte do filme (Diferente de Parque dos Dinossauros, em que só a Parte 1 e 2 são livros).

Bem, com a minha habitual pesquisa, não pude deixar de fazer minha famosa comparação. Se por acaso você está querendo ler os livros, não leia meu artigo! Caso contrário, prossiga.

Diferenças no filme: e lá vamos nós...


  1. O prêmio de EPIC MEGA FAIL vai para Alby. No livro, ele é tão ou mais chato e crítico com Thomas do que no livro. Ora, mas será possível? Nada do líder bonzinho que apresenta a Clareia ao "novato". No livro, ele não é picado nem é capturado pelos Verdugos, ele se suicida se jogando no meio dos ditos cujos porque não admitia a ideia que a vida pacífica na Clareia acabara! Enquanto que no filme, toda a chatice e teimosia em permanecer cativos partia de Gally.

  2. Sobre o filho da Cher, não posso falar a bizarrice que Hollywood fez para não matar a surpresa para quem for assistir ao Três.

  3. No livro, Tereza tem poderes telepáticos. Mas de acordo com entrevistas o diretor Wes Ball disse que a atriz que faz a Tereza não conseguia mais Thomas representar uma comunicação telepática que convencesse ao público, por isso toda essa parte de telepatia foi cortada do filme. Tiveram um trabalhão para refazer o roteiro, coitados.

  4. Newt é manco e um dos corredores, mas devido ao acidente que sofreu ele ficou encostado no INSS (!). Nada disso foi aproveitado no filme.

  5. Ben não era corredor, e sim construtor.

  6. Os Verdugos não eram as únicas criaturas assustadoras. Só consegui encontrar o nome em espanhol: Escarabajos. São criaturas metálicas que espiam os habitantes dentro e fora da Clareia. Tem o nome C.R.U.E.L. gravado em si.

  7. Por razões de duração do filme, as coisas aconteceram mais rápidas do que no livro. Thomas se recorda de seu nome assim que chega, enquanto que no livro ele levou "séculos". No filme, toda a história se passou em quatro dias. Os amantes do livro se molestaram com a rapidez dos acontecimentos, mas a produção se defendeu dizendo que se fossem seguir à risca a cronologia do livro, o filme ficaria maior do que já é (ele já tem 113 minutos de duração).

  8. No livro, os Verdugos são descritos como sendo lesmas ou lagartas de borboletas. A direção mudou o conceito para aranhas mecânicas "para dar aquele ar futurista".

  9. No livro, Thomas participa de várias tarefas e funções, enquanto que no filme, o folgado só foi buscar fertilizantes (e nem levou de fato, pois foi interceptado por Ben) e cortou uns troncos. Ele imediatamente foi promovido como corredor. Novamente o diretor afirmou que foi necessário reduzir os detalhes para o filme não ficar muito longo.

  10. No livro, a Clareia e o Labirinto estão localizados num mundo falso, igual a "O Show de Truman". Mas Ball achou isso ridículo e optou pelo épico final, dos sobreviventes sobrevoando de helicóptero o labirinto. No livro, os sobreviventes são "resgatados" de BUSÃO, pelo amor de Deus!!!

  11. No livro Newt é descrito como tendo um leve sotaque britânico. No filme, quase todos os atores são britânicos: Newt, Tereza, Alby, Gally, etc. e etc. Os únicos americanos são Thomas, Chuck, a Dra. Paige  e aqueles garotos secundários que mal aparecem no filme e/ou que morrem capturados pelos Verdugos.

  12. O nome do personagem Caçarola é traduzido ao pé da letra em vários idiomas. Em inglês, Frypan. Em espanhol há dois nomes, na Espanha, Fritanga; na América Latina, Sartén.

O meu livro ainda não é uma trilogia de sucesso (estou escrevendo a segunda parte), mas caso você queira conhecê-lo melhor, Os Informatizados e faça boa leitura.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Feminismo na redação do ENEM 2015 = FAIL

E então, leitores? Apenas vim lembrar que a partir de 2016 está obrigatória a aplicação das novas regras da Reforma Ortográfica. Portanto eu, como professor de Português, quero ver todo mundo escrevendo autoSServiço, antiRRugas e micrO-Ondas, certo?

Zoeiras à parte (com crase, gente, palavra feminina leva crase), hoje me deparei com um assunto que não pude deixar de compartilhar. Há muitos comentários sobre como o ENEM foi excessivamente parcial com as ideologias marxistas que estão tirando o bom senso de muita gente. Tem muito professor maluco de História e/ou Geografia ensinando aos alunos que Cuba e Venezuela é mais desenvolvido que EUA ou os países escandinavos. E quando uma questão tendenciosa e desonesta dessas cai na prova, ou o aluno marca a resposta "certa" ou perde ponto.

No entanto a pérola deste ano foi concernente à redação.

Feminismo mais uma vez extrapolando o limite da loucura.


Segue abaixo uma imagem compartilhada nas redes sociais.

O Feminismo atrapalha as mulheres até no ENEM O Feminismo atrapalha as mulheres até no ENEM

Como vimos, a redação deste ano (passado) teve o tema: "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". Um tema bem polêmico para um assunto bem polêmico. O substantivo abstrato "persistência" funcionou como um advérbio e deu novo significado ao resto do tema; significado que foi explorado ao extremo por adeptas do feminismo.

Mas, como sempre, as feministas passaram vergonha. A professora acima que corrigiu as redações sentiram vergonha. Eu mesmo tenho vergonha ao ser informado dos baixos índices de aprovação do ENEM 2015 considerando apenas a redação. A mulherada ficou histérica com o tema e desprezou as regras gramaticais. O famoso lema "Machistas não passarão" foi utilizado como tema, que coisa! Bom senso virou coisa do passado; ideologias ficaram à frente da sabedoria.

E ainda tem gente reclamando que as redações foram corrigidas por "machistas"! Sim, a palavra está entre aspas, pois de acordo com artigos meus anteriores, o conceito de machismo foi totalmente deturpado por elas (Lembrem-se da Risqué?)

A equipe que corrigiu as redações ficou muito preocupada também com o fato de que 55 candidatas relataram experiências PESSOAIS de agressão e violência doméstica. Cacilda, fizeram do ENEM uma Delegacia? O MEC em entrevista lamentou que nada poderia fazer, que o assunto não cabia a eles. E com razão! Lei Maria da Penha já existe para isso; o problema é que muitas mulheres se recusam a denunciar seus agressores, por vários motivos. E não vai ser na redação do ENEM que elas encontrarão solução. O MEC não é o CSI.

Lamentamos e muito o fato de milhares de mulheres sofrerem violência. Mas discordo totalmente da forma em que o assunto é tratado na mídia, pelas feministas e outros grupos malucos. Não é com histeria e dados mentirosos (como essa de que a cada 1 minuto uma mulher é violentada) que essas mulheres serão ajudadas. Não é com títulos ambíguos de redação que fogem do bom senso que o problema terá fim - destaco o "sociedade brasileira", como se nossa cultura fosse a mesma do Estado Islâmico. A mulher dizer que foi estuprada quando o pedreiro só fez "fiu-fiu" é uma falta de respeito para com as verdadeira vítimas de estupro. Como dizem no Facebook: "Homem batendo na mulher: se for pobre, é Lei Maria da Penha; se for rico, é Cinquenta Tons de Cinza". Será que as doidinhas dissertaram sobre isso no ENEM?

Enquanto isso, mulheres em Colônia, Alemanha, foram abusadas por "árabes" na virada do ano novo. Casos de estupro na Suécia aumentam assustadoramente devido ao enorme número de muçulmanos que imigraram para lá. Extremistas querem forçar as mulheres londrinas a usarem burca e os londrinos a usarem a famosa barba de mendigo (que muitos famosos estão adotando aqui no Brasil) e a seguirem a Sharia. E para piorar: a prefeita de Colônia afirmou que a responsabilidade pela violência é das mulheres agredidas, uma vez que elas não estão sabendo se adequar, do ponto de vista comportamental, ao novo ambiente multiculturalista da Alemanha.

Mas, para as feminismo brasileiro, aqui está pior...