quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Livro versus Filme: Jurassic Park

Curiosidades e comparações entre o livro “Jurassic Park” e o primeiro filme lançado em 1993



Para quem ainda não sabe, Parque dos Dinossauros é originalmente um livro. Escrito por Michael Crichton e lançado em 1990. Enquanto sabemos que o filme rendeu bilhões e bilhões de dólares, pouco se sabe a respeito do livro (FAIL!) sendo a única indicação que eu encontrei: “um best-seller mundial”. Então tá...
Como sempre tenho curiosidades em comparar livro x filme, e eu também acho que meus leitores também merecem saber, vamos lá!

Mudanças escabrosas no filme, como sempre.

Não sei como o povo de Hollywood tem verdadeira tara por modificar e adulterar detalhes. Que se corte algumas coisas por questão de tempo de duração do filme, por questões orçamentais... mas me digam em que o público ganha em:

  • O casal Alan e Ellie no livro não eram, exatamente, um casal... No romance eles eram apenas professor e aluna, e o relacionamento era estritamente profissional. Não é à toa que na Parte 3 fizeram a Ellie estar casada com outro cara e com dois filhos! Um EPIC MEGA FAIL que tiveram de corrigir. Eu me lembro de que quando assisti pela primeira vez a Parte 3, pensei: “Ele não queria filhos mesmo no 1”. Mas depois, lembrei: “E o Tim e a Lex?”. Cai no conto de Hollywood.
  • Falando nos dois moleques, eles aplicaram a Ideologia de Gênero que os professores-socialistas querem tanto impor nas escolas: no livro Lex é a mais nova e o Tim é o nerd hacker que salva a pátria com os sistemas!
  • Ainda sobre os moleques: no livro Alan nunca teve problemas com crianças, e se deu bem com Tim e Lex de saída. Não foi como no filme, em que ele se molestava com crianças e depois “aprendeu” a gostar delas.
  • Sobre Hammond, fizeram um extreme makeover no empresário. No livro o dono do parque é excessivamente inescrupuloso e materialista, queria a todo o custo o funcionamento do parque, tratava seus netos como meros cobaias e se tornou intratável com os demais quando as coisas deram errado. Ao contrário do filme, Hammond não se convenceu de maneira alguma que seu plano fracassara, e escondido dos demais tentou levar o projeto adiante. Seu fim no livro foi trágico: acabou sendo morto por um grupo de procompsognatos (sabe-se lá que raça era essa). No filme, além de fazerem um Hammond mais bonzinho, ele sobreviveu e se arrependeu de criar o parque. WHAT?
  • Agora sobre as mortes: o advogado Gennaro não morre no livro. No romance, é um outro personagem chamado Ed Regis quem morre logo após o Tiranossauro Rex sair de seu cativeiro (a lambança com o carro das crianças aconteceu). Mas os roteiristas não trouxeram esse personagem ao filme e deram esse destino ao advogado.
  • O cientista coreano Henry Wu que presencia o nascimento daquele velociraptor (velociRÁptor ou velociraPITÔR??) morre junto com o programador Arnold. No filme, o cientista sai da ilha com os demais funcionários antes do caos, e o sr. Arnold morre quase no final do filme.
  • O caçador Muldoon não morre no livro. Já no filme, ele é o último a morrer.
  • O veterinário Dr. Harding que no filme só aparece cuidando de uma Tricerátops com Ellie no livro tem maior participação e também passa apuros com os demais personagens.
O filme contou com três dublagens: uma para as fitas VHS, outra para a Globo (sempre ela) e outra para DVD. Ninguém define a pronuncia dos dinossauros velozes: /velociRÉptor/, /velociRRÁptor/ ou /velociRRAPITÔR/?? (esse último exemplo só Jesus na causa!)

E se você ainda não conhece o meu livro Os Informatizados, dê um clique aqui e aproveite enquanto ele ainda não vira filme (quem dera...)

Um comentário:

  1. O que me perturba, e muito, é que os fãs continuam acreditando que Hammond é carinhoso defensor da natureza e que Gennaro é fascinado pelo lucro que ganha pelo parque.

    John Hammond é arrogante manipulador da natureza e seu advogado, Gennaro estava somente defendendo a vida dos sobreviventes, desejando que o seu hotel resort fosse destruído. Ele nunca deu ouvidos para o matemático sobre o fracasso de suas atividades e botou seus dois netos em perigo pensando que impediria Gennaro de destruir a ilha. E para sua informação, Donald Gennaro é, na verdade, uma espécie de herói. No filme, este morre por um T-rex no lugar de Ed Regis tornando o personagem uma seiva desprezível cuja morte nós aplaudimos foi uma escolha desapontadoramente previsível. Eu gosto muito dele, mesmo que ele mande destruir um lugar perigoso demais para o turismo! O que eu gosto mais ainda é o surgimento dos procompsognathus famintos de algo aleijado por Hammond ter quebrado o tornozelo direito e o matam.

    Outra coisa que me perturba, e muito, é que os fãs continuam acreditando que um jovem dilophosaurus abriu o colarinho para cegar Nedry.

    O dilophosaurus que matou Nedry é um adulto e nunca,jamais Crichton escreveu: "e assim, abriu o colarinho..." bom, admito que foi muito mais sangrento. Agindo como uma cuspideira, o dilophosaurus cospe uma saliva de 15 neurotoxinas diretamente aos olhos de Nedry cegando-o por completo e antes de entrar no jipe tomado, o animal abraçou com garras e dentes a garganta e a barriga, estripando por completo e quebrado os ossos da medula até a morte. Dennis Nedry foi morto fora do carro.

    Os diretores de filmes, assim como Steven Spielberg, inventam deslizes conservadores nos originais e horrorizados romances como: O Cão e a Raposa, Pocahontas e O Corcunda de Notre Dame. Os fãs de Spielberg esquecem que os dinossauros escapam, de navio, da ilha para o continente comendo bebês costa-riquenhos. Que há um stegosaurus doente no sul da ilha. E que Gennaro e Muldoon são capazes de interagir melhor com os personagens principais.

    Quem acredita que Grant e Sattler eram casados, que o brachiosaurus sabe empinar, que Dr. Wu não podia ficar para morrer e que não precisava descobrir o ninho dos raptors são pessoas estúpidas. E tudo isso é mesma coisa que acreditar em um excelente trabalho de holocausto que Hitler fez na segunda guerra mundial.

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